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DAVI RAIOL TOPA - ENGENHARIA DE ALIMENTOS | UNICAMP E UFLA


A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem um novo aluno: Davi Raiol Topa, do curso pré-vestibular, que irá cursar Engenharia de Alimentos, a partir deste ano. Ele conciliou Ensino Médio e cursinho no ano passado e, com 17 anos, além da Unicamp, foi aprovado, no mesmo curso, na Universidade Federal de Lavras (UFLA) em 2º lugar. Todo o sucesso do mundo, Davi! Confira o bate-papo sobre a aprovação dele:



Oficina: O que o motivou a fazer curso pré-vestibular e Ensino Médio juntos? Conte sobre a sua rotina e como foi o seu ano de estudos.

Aluno: Fiz o cursinho simultaneamente com o último ano do Ensino Médio. Uma das grandes razões para optar por fazer o cursinho pré-vestibular foi encontrar um método de revisar os conteúdos de maneira eficiente, facilitando o aprendizado e a aplicação deles durante os vestibulares. Também aproveitava para reforçar os conteúdos da escola.

Eu estudava em período integral, das 07h30 às 18h15 na maior parte dos dias, o que criava uma dificuldade em relação aos focos no vestibular. Assim, direcionava minha energia nas disciplinas que eu tinha mais dificuldade e que contavam maior pontuação no vestibular para o meu curso: Matemática e Física. Algumas vezes acompanhava as aulas ao vivo, mas a maior parte ficava acumulada para os finais de semana. Aos sábados e domingos focava em fazer exercícios e simulados, bem como praticar a escrita. Após os resultados desses simulados, fazia um diagnóstico para focar, na próxima semana, nas questões e, indiretamente, nos conteúdos que errei ou tive dificuldade.

Oficina: Qual foi a sua sensação ao ver seu nome na lista de aprovados?

Aluno: Quando a Unicamp criou o post no Instagram para divulgar o adiantamento da lista de aprovados, fiquei em êxtase. Ao mesmo tempo, também fiquei ansioso e receoso de abrir a lista de aprovados. Ao pesquisar meu nome na lista, fiquei mais nervoso ainda porque não o tinha encontrado, devido à rapidez com que li a página. Mais calmo, li a lista novamente e, ao ler meu nome, comecei a pular dentro do meu quarto. Fiquei muito feliz e corri para ligar para meus pais, minha irmã, e enviar mensagem para os outros membros da minha família! Sem dúvidas, é uma das melhores sensações que já senti na vida, algo gratificante, como se tivesse uma vozinha dentro da sua cabeça te falando “Missão cumprida”!

Oficina: Você já escolheu onde vai estudar? Por que escolheu essa universidade? Por que a escolha pelo curso de Engenharia de Alimentos?

Aluno: Sim, vou estudar na Unicamp. Além da proximidade, escolhi devido à sua grande posição no cenário nacional e internacional do desenvolvimento de pesquisa e ciência, duas das áreas pelas quais eu me interesso bastante. Além do mais, já tinha contato com a Unicamp pois estudava no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) e já conhecia a universidade, pois tínhamos algumas aulas lá.

Gosto bastante da área de Química, especialmente nos espectros da Bioquímica e dos Bioprocessos. Assim, a Engenharia de Alimentos surgiu como um pilar para que eu contribuísse, futuramente, com pesquisas e produção científica em áreas de meu interesse. O fato de eu ter feito Técnico em Alimentos no Cotuca também contribuiu bastante para minha decisão, pois já tinha uma noção sobre as abordagens dessa área.

Oficina: Como os professores da Oficina ajudaram você a conquistar a vaga? Tem algum professor que você queira destacar na sua jornada de Oficina? Se sim, conte quem é, o motivo ou algo que ele tenha falado e marcado você.

Aluno: Uma das grandes contribuições que os professores deram foi o enfoque na organização e administração do tempo necessário para entender as questões, bem como os métodos para resolvê-las utilizando menor tempo. Ademais, eles também permitiram que eu entendesse o modo como os conteúdos são cobrados no vestibular, além de sempre incentivarem, quando eu errava alguma questão, o aprimoramento desse assunto em específico.

Durante minha jornada na Oficina, tive a oportunidade de aprender com todos os professores incríveis, cada um com seus métodos únicos. No entanto, a professora Aline Marcelino Biondo, de Biologia - a qual eu já conhecia, pois me dava aulas desde o segundo ano do ensino médio no Cotuca - foi uma inspiração que se destacou. Ela tem uma maneira de explicar os conteúdos mais complexos de forma simples e divertida, tornando o aprendizado menos massante e mais empolgante. Ela não se limitava somente ao conteúdo programático. Contava experiências próprias e histórias que serviam para descontrair ao mesmo tempo em que também tinham conexão com o conteúdo. Sou muito grato por ter tido esse contato com ela. Sem dúvidas, ela foi uma das minhas inspirações para ser a pessoa que sou hoje.

Oficina: Qual dica / quais dicas você pode dar para quem tem o objetivo de passar numa universidade pública?

Aluno: Acredito que a grande frase é: “Persista, não desista”. Sei que a jornada é difícil, e que muitas vezes nos sentimos desanimados, mas nós temos que tentar. Acredito que a maior base de apoio que um vestibulando pode ter são as pessoas importantes ao seu redor, sejam familiares, amigos, vizinhos, alguém com quem possam contar, conversar, relaxar, se divertir ou desabafar. Todo o esforço, no final, vale a pena. E, mesmo que a aprovação não venha, não podemos desistir do nosso objetivo.